Vladimir Safatle fala sobre o cinismo contemporâneo. O riso é originariamente reconciliador. Ao longo da história da filosofia, todos lhe deram um lugar, sem que ele deixasse feridas no espírito. Hoje cabe pensar ao inverso: com a ajuda da dialética negativa de Adorno, e com a metapsicologia de Lacan. Não haverá no riso, além da sua positividade classicamente reconhecida, algo de puramente negativo, que só se manifesta plenamente no nosso mundo contemporâneo?
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O sujeito cerebral: identidade, neurociências e cultura contemporânea
O encontro é com o filósofo e professor Francisco Ortega.
A ideia de que o ser humano é essencialmente constituído pelo cérebro ultrapassou as fronteiras do conhecimento científico e alcançou uma grande difusão junto ao público leigo. Esperamos discutir o alcance dessa divulgação tanto para a formação das identidades pessoais quanto para o ethos sócio-político.Post Views: 2.285 -
Desaprendendo na escola
Primeiro havia o saber consagrado. Em seguida aprender a se interrelacionar, aprender conforme o interesse do aluno. Hoje a questão é desaprender as estruturas que mascaram o real criativo. Com o professor Renato Janine Ribeiro, doutor e professor titular na USP. Dentre suas obras destaca-se Sociedade contra o social – o alto custo da vida pública no Brasil, prêmio Jabuti em 2001.
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Tristeza
Este Café Filosófico, da série Balanço do Século XX – Paradigmas do Século XXI, tem como tema a tristeza, sob coordenação da filósofa Márcia Tiburi . Márcia Tiburi é professora do programa de pós-graduação em Filosofia e apresentadora do programa A bela e a Fera da TV Unisinos – Futura. A tristeza enquanto afeto tem uma história e Márcia Tiburi toca no núcleo atemporal desta questão. Estamos sempre submetidos ao presente e à impossibilidade de retornar a este presente. Não tocamos nem no passado, nem no futuro e ao mesmo tempo não podemos tocar nem mesmo no próprio presente. Sempre submetidos à sensação de finitude, a experiência da dor aparece como caráter efêmero e passageiro da existência. Ficar triste neste contexto é justamente se deparar com a dor de morrer e de morrer a conta-gotas, a cada momento, a cada instante. Esse sentimento está sempre acompanhado do luto e da melancolia e, no momento da nossa época, com a depressão. É necessário aprender para tornar a tristeza algo mais suportável, mas isso depende de uma compreensão histórica e cultural. É o que ela faz ao percorrer este sentimento, iluminando grandes filósofos e pensadores da história e provocando uma profunda reflexão quando diz que estamos vivendo o tempo de agora, uma verdade e uma beleza deste instante.
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